quinta-feira, 9 de junho de 2016

Quem desdenha...

9-6-16-  ARTS
   Meu amiguinho interplanetário contou-me ontem uma observação-estudo que fez de um grupo de jovens numa pequena cidade mineira não muito longe daqui. Não gosto muito de falar em coisas negativas  mas creio no valor educativo desta conclusão dele. Diz ele que observou  um grupo de pré-adolescentes numa antiga prática de pré-namoro da puerícia que se chamava Brincadeira de Passar Anel, Era um joguinho inocente com o grupo assentado na sala de visitas, em círculo, com o iniciante da brincadeira com um anel preso entre as duas palmas das mãos cerradas como se fosse rezar. Todos com as mãos cerradas no colo. O que fazia o jogo passava suas duas mãos fechadas forçando para abrir as duas mãos à sua frente, podendo deixar cair nelas o anel, tentando não deixar ninguém perceber onde pôs o anel. Há todo um jogo de olhares, um prazer pueril de roçar as mãos, enfim, é na verdade um namoro disfarçado, com muito coraçãozinho batendo forte, às vezes  um rubor nas faces, um tremor muito elucidativos dos sentimentos e sensações envolvidos.
   Anos depois dois casais se conhecem, namoram, vivem uma fulminante paixão da adolescência e a moça tem uma amiga inseparável que detesta seu namorado. Com a cumplicidade que nasce num namoro intenso a moça vive contando os comentários desairosos da amiga sobre seu namorado. Um dia o moço enche o saco e diz:
   - Eu acho que esta sua amiga ( vamos chamá-la de RO) é apaixonada por mim, já que ela vive falando de mim, não me esquece.
   - O que?! Retruca a namorada rindo, ela te acha magrelo, comprido demais, feio, fala muito alto, é desingonçado, etc, etc, etc.
   A moça mudou-se e a distância matou a paixão fulminante. Passaram-se anos.
     Um dia o moço conhece uma moça dócil, encantadora que tinha lindos olhos. Elogiando-a, ela o chama de <bicudo, bom de lábia>. Ofendido este lhe pergunta como ela sabe que ele é falso assim e esta lhe diz que ficou sabendo pela RO, a tal  amiga de sua antiga namorada que lhe MENTIRA que foi iludida por ele que a namorara, engambelara e depois abandonara. Assim percebeu que fora amado à traição>, sem saber, de graça e poristo ela mentia um namoro inexistente. Realmente <quem desdenha quer comprar>. Criticava o namorado da amiga para ela terminar com ele e ela ter uma chance com ele. Era uma das parceiras da brincadeira de Passar Anel.Ele nunca pusera o anel na mão dela. Se apaixonara de graça, sem ele ter tido nem  sequer um flerte com ela.
   Amiga, cuidado com  quem vive criticando seu amor. E´ <amiga da Onça>;
   Jovem cuidado com o buraco. Leia, leia leia;

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