segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Doutro Milênio.

13- fevereiro- 2017
   Desde 31 dezembro não escrevia aqui.
ARTS voltou das estrelas contando histórias:disse que no seu mundo viveu como hóspede de uma senhora maravilhosa, pessoa muito especial, uma sábia. Ela era um exemplo de saúde, vida natural perfeita. Disse que sempre teve uma saúde  incrível exceto quando criança sentia uma dor muito forte na perna e precisou ser operada. Seu pai, viúvo, morria de medo de perdè-la. Quando criou coragem e permitiu, os médicos operaram o osso da perna que tinha um tumor qualquer. Neste período no seu planeta ainda não existia anti-bióticos, só sulfa e outros recursos limitados. A pequena mulher sobreviveu. Comia de tudo: muita verdura, comia todo tipo de frutas, alimentação saudável.
   Não bebia bebidas fabricadas, nem álcool, nem siquer refrigerantes. Tinha uma vida física do dia todo, era um azougue. Pariu nove. Amamentou todos por muito tempo. Sua prole era famosa pela beleza e inteligência.Acreditava na exposição do corpo às intempéries: seus filhos brincavam na chuva, rolavam na enxurrada, andavam descalços até os 14 anos. As mulheres mais atrasadas, medrosas, cheias de crendices a nomevam como <louca>
   Ela participou de teatro amador na sua mocidade, adorava música, bailes, festas. Dançava muito bem. Declamava poesias e era leitora  que lia muito e sobre tudo. Extrovertida, < muito dada> como diziam à época. Estava sempre pronta para o que desse e viesse.Dizia a vida inteira que nunca teve uma dor de cabeça.
   Era uma cozinheira de forno e fogão. Quituteira famosa. Seus pratos eram decantados por todos. Seus doces apreciados por centenas de pessoas. Fazia doces para durar o ano inteiro: goibada de 2 sacos de açúcar de 60 quilos, geleia de mocotó, guardadas em latas de 18 litros e caixas de madeira com tampa. Em qualquer dia seu armário embutido da cozinha, a geladeira, a despensa estavam lotados de doces devorados pelo batalhão de filhos, pelos visitantes, parentes e quem viesse. Houve uma época que uma conhecida do Asilo veio ao domingo fazer uma visita. Dentre em breve era uma turma vestidas de branco, degustando os doces e enchendo os bolsos. E´de quem quiser, é de quem vier.
    Dizia ela que nunca teve uma dor de cabeça. Não tomava remédios. Conhecia chás de funcho, erva-cidreira, mate, etc. Era parcimoniosa ao dar remédio de farmácia. Seu irmão médico muito sábio gostava de deixar a natureza comandar o fluir da vida, sem drogas.
   - Evacuou? Dormiu bem? Sem febre? Olhava a garganta, os olhos ( cor indicando anemia?) Tudo bem, remédio não é preciso.
   Com a idade, filhos crecendo, quando via discussões dos filhos por coisas banais, sugeria que visitassem a cadeia, o hospital, o cemitério. O sexo era proibido para os solteiros, a mulher subordinada ao marido, tudo defendido pela < Santa Madre>ora onde já se viu ?!!!
   Ele me contou muitas coisas mais até que eu disse : Ora, todo mulher mineira do milênio passado era assim. Eu conheci uma!
   Jovem, leia para não ser um <bobo alegre> iludido pela Globo.Leia.