5-6-16- Domingo.
Com o peso dos anos mudam muitas coisas na vida da gente; na maneira de ver as coisas, as pessoas Vão enfraquecendo muitas certezas que se tinha. Interessante quando encontramos coetanos, gente cada vez mais cara pra nós, os comentários são sempre os mesmos: antes era melhor, havia mais respeito, segurança, mais amizade, amor. A onde foram aquelas pessoas, aquele mundo ! E`outro planeta. Percebemos que a geração à frente de nós não há mais. Nós somos os velhos. E´uma sensação esquisita porque VELHOS eram sempre aqueles mais velhos que nós. Sumiram...
Laudator temporis actis, já antes de Cristo falava-se da tendência dos mais velhos afirmarem que < no passado é que era bom>. Acredito mesmo que ao envelhecer nossos olhos não vêm mais a realidade da mesma forma porque faltam-nos o corpo, o espírito, a vitalidade que só a juventude possui. O sabor da comida não é o mesmo porque a mãe morreu, o paladar também fenesse, as próprias comidas mudam, os temperos.Mas como é bem encontrar velhos amigos, colegas de infância, de escola, e trocar lembranças rapidamente que hoje ninguém tem tempo. Tudo tem que ser depressa.
Como seria bom promover encontros, sem pressão, sem preocupação, e relembrar, <trocar figurinhas>, ver fotos antigas, contar passagens, fatos, tudo que dê prazer em lembrar.
Outro aspecto da velhice, quando você encontra um jovem você não pergunta mais quem é seu pai, mas sim quem é seu avô? Passa a existir duas gerações entre você e seus velhos conhecidos. Mas o consolo é que se você envelheceu é porque está vivo.
Agora precisamos de trocar ideias com os da nossa própria idade para aprender a aproveitar o que há de bom nesta fase da vida. Se você tem facilidade para organizar encontros faça-o, me convide. Não precisa de ser festa sofisticada, cara, mas a simples oportunidade de conversar por algumas horas com gente da sua idade, vivências, preferências musicais da mesma época.
Jovem cuidado com o buraco... para viver até a velhice. Cuide-se.
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