3o-3-16. No Cafë Globo fiquei conhecendo o sr. Antero que me falou de um amigo dele de muitos anos atrás: Luciano Di Capua. Levei um choque, pois este foi o maior amigo que tive na vida, na minha mocidade feliz dos anos 6O. Pois bem, todo dia converso com Antero nas manhãs , no cafê.Temos uma brincadeira de falar em ir para a missão tripulada que planejam mandar a Marte. Sete meses de duração, viagem só de ida, ninguém vai voltar. Será um núcleo humano, uma primeira colônia que irá fabricar oxigênio com o gelo subterrâneo em grande quantidade.
As Entradas e Bandeiras que abriram o interior do Brasil no começo da colonização depois de ver a morte pela fome e doenças dos primeiros grupos humanos que iam a pé, abrindo picadas na selva, sertão a dentro, tiveram uma estratégia inteligente: El-Rei mandou grupos humanos fundar estações de apoio de distância em distância, fazendas com plantações e criações de animais que seriam fontes
de abastecimentos para as Bandeiras seguintes. Isto querem fazer em Marte: mandar máquinas automáticas, com baterias à luz solar antes para fabricar oxigênio, preparar a fonte para receber colonizadores interplanetários que vão viver lá pra sempre. Antero e Eu vamos também!
Aí a noite passada sonhei que desbravava um sertão, abrindo caminho com máquinas de esteira e pensando em plantar capim para os cavalos e mulas que viriam depois, milho, feijão e mandioca como alimento. Deve ter sido a língua de vaca com molho de massa de tomate que a Inês faz, supimpa, e que devo ter comido demais à noite. Pesadelo! A Culpa é das Estrelas... que aliás é o nome de um livro best-seller que ainda não li.
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