quinta-feira, 25 de maio de 2017

Revista FOCO

25-5-17-QUINTA, dia da minha faxineira. Frio. Crise. Governo brigando para não sair. Golpista.
   Há muitos anos, na nossa juventude criamos a Crônica Social especializada. Íamos a todas as festas, anotávamos os nomes das pessoas, comentávamos sobre  os trajes, ensinávamos moda, regras de se vestir de acordo com seu físico e principalmente de acordo com a ocasião, o contexto social daquela hora. Ensinávamos etiqueta. Era a época do preto e branco. Num esforço tremendo perdendo dia de aula íamos a Ribeirão Preto de carro levando as fotos que fizéramos pessoalmente e chaleirando o amigo da Clicheria - queijo, pinga - e pagando mais caro para que me entrega-se os cliches no mesmo dia à noite, voltava para ter fotos publicadas no jornal a Gazeta, O Sudoeste, o que era muito importante, engrandecia o jornal, era comentado por todo mundo.
   Assim , exército do eu sozinho, self made man, como foi minha vida inteira, sozinho, sem ajuda de ricos ou de políticos, na garra, uma luta da qual me orgulho. Pioneiro, fazendo o que ninguèm nunca fez, complementava minha renda minguada de professor com cinco filhos. Os amigos queridos aplaudiam, os invejosos incompetentes apupavam, me chamavam de <metido>, de doido, só não me chamaram de feio e burro...KKKK
     Depois no início da Folha da Manhã fui o cronista dela com o sistema off set que dispensa o clichê antiquado que parecia um carimbo. Fui o líder absoluto de vendas do diário. O eterno <olho gordo> fez a minha saida daquele jornal que uma três décadas depois, junto com o Passos Clube nos concederia  Diploma de Honra ao Mérito pelo pioneirismo da Crônica Social. Mais um diploma
   Ontem fui consultar-me com o maior médico do Brasil Roberto PS Maia e. na sala de espera lí a esplêndida revista Foco, de herdeiros do grupo Gazeta de Passos onde comecei minha vida jornalística. As voltas que a vida dá.A magnífica composição gráfica, papel de primeira, fotos coloridas em profusão, publica os casamentos com fotografias profissionais . Imprimem os convites e divulgam as fotos  num trabalho primoroso. O Zilton sempre foi caprichoso, um dos primeiros a trazer da Alemanha avançada máquina de cortar papel. Seu filho herdou esta qualidade, Fabiola Castro encanta pelo primor da revista que gentilmente  me manda .
    Aos 72 anos, aposentado é bom ver como minha terra evoluiu, melhorou, mas ao mesmo tempo quando lemos aquilo não conhecemos ninguém, a mocidade de ouro são estranhos para nós. Dá uma sensação esquisita de que já passamos, é outro povo, outra época. A Maria Lucia B. Fonseca, que foi minha colega de  grupo, ela e Iara do Toninho as mais lindas aos 7 aninhos, ela me ensinou que hoje ao se encontrar jovens, não devemos perguntar de quem é filho mas quem é seu avô?


















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