sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Vaidade de Candidato

7-Outubro-2016. Sexta feira. 21 graus. Comentários após uma campanha política fria.
   Trabalhei em política quase a vida inteira. Profissionalmente e também eventualmente como candidato a vereador duas vezes, não eleito.Locutor, e depois de fazer curso de Marqueting em São Paulo, numa empresa Bradex, na Avenida Estados Unidos, nos ricos Jardins Paulistas, nos anos 7O com Luciano Di Cápua, além de locutor como marqueteiro. Tenho portanto uma visão experiente do processo de propaganda de campanhas políticas em Passos e Região durante décadas 4O anos de locução e jornalismo.Quando fizemos nossa titulação em marqueting isto era algo desconhecido no Brasil. Incipiente. O professor era importado e nós o chamávamos de < Tupamaro>, referência a famosos terroristas de seu país. Venci quase sempre. Só perdi uma por <compra de votos> que é fatal.
   Apoiado nesta larga vivência queria salientar um fenômeno que acontece com os candidatos depois da loucura de uma campanha publicitária eleitoral. Acontece com TODOS! E`inescapável. E`típico da condição humana. E`a SOBERBA que toma conta de todo candidato. A sensação de ser <especial>, diferenciado, <mais bonito que os outros>. Vaidade que cega. Que gera atitudes equivocadas.Embalado nesta loucura passageira, uma espécie de virus eleitoral, a pessoa razoável, racional desaparece  para gerar uma espécie de zumbi vaidoso. Ele SENTE que todo mundo é obrigado a votar nele. Se não foi eleito foi pura traição. Qualquer análise da sua pessoa feita por quem quer que seja é <inveja>. Se ele não foi eleito foi uma tragédia... para a população. Uma catástrofe, um prejuizo terrível.E` realmente trágico! E o que é pior, em maior ou menor grau atinge a todos. Sempre!
   Explica-se. Durante todo o período da campanha ele é enaltecido. Sua foto inunda a comunidade.Musiquinhas cantam sua beleza, sua capacidade engrandecida ad absurdum, recebe tapinhas na costas, elogios de todos que se aproximam, a maioria mentirosos, safados, interesseiros querendo garantir para si as benesses do poder no caso de vitória. A falsidade geral passa a ser a tónica.  Moças bonitas balançam bandeiras dele. A Rádio fala bem dele. O jornal. Todo mundo quer falar com ele, rir pra ele, tocá-lo. Ele não se lembra mais que ele  mesmo, do seu próprio bolso está pagando para ser endeusado, chaleirado, divulgado. Ou com o dinheiro do partido. Infeliz! Cego! O emocional nos domina mesmo.
   Qualquer pessoa isenta, fora da disputa ou desinteressado do resultado da mesma  sabe disto perfeitamente. Mas o candidato está influenciado com a campanha para ganhar o voto do eleitor! Daí a importància do bom profissional marqueteiro para se debruçar sobre a <praça política> com isenção, friamente, para orientar o candidato sobre a atitude correta, aquela que dá mais votos. Quantas vezes o candidato briga com o marqueteiro quando chamado a razão.
    Uns, mais contaminados que outros, mesmo muito tempo depois da locura sazonal passada, ainda guardam pelo resto da vida a< revolta> pela <covarde traição> de não ter sido eleito!!!!!
   Jovem, leia, viaje, estude, converse com pessoas sábias.

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