terça-feira, 11 de outubro de 2016

Preço Helio Negrão

11-Outubro - 2016 -Terça Feira. l9 graus.Paradeiro.
Nasci nos anos 4O, fui menino nos 5O e jovem nos anos 6O... em Passos, Minas Gerais. Privilégio. Deus colocou-me numa família culta em época de grande analfabetismo. Papai e mamãe eram frequentdores do Rio de Janeiro, capital intelectual do país e de São Paulo, o gigante econômico nacional.Ambos eram leitores ávidos, sempre bem informados. Tínhamos rádio, depois eletrola, em seguida televisão. Tios que estudaram e se formaram no Rio, dois médicos e um advogado, vultos importantes na cultura local. Meu pai foi fundador da Rádio Passos, co-proprietário com outros, porta voz do PSD de Geraldo da Silva Maia, o maior líder político dde Passos, progressista que avançou Passos: água encanada, semáforo, telefone automático, água tratada, estas duas obras as primeiras do país. O que ele não inaugurou foi contudo começado por ele. Foi o que apurei entrevistando Ezequias Lemos Marques, Josafá Morais, e outros.
   Deus deu-me o impulso para aprender. Curioso. Leitor fanático. Em casa tínhamos caixotes e mais caixotes de clássicos da literatura, X 9, Seleções do Reader*s Diggest, Revistas  Família Cristâ, O Cruzeiro e muita coisa mais. Os irmãos mais velhos estudaram no Rio, época da grande UNE, trouxeram as idéias preogressistas, os estudantes então eram politizados, criticavam na época a exploração do país pela multi Nacional LIGHT, depois criticavam a exploração mundial dos norte-americanos, a guerra do Vietnam, etc
   Li muito, sempre fui atraido para aprender com os mais velhos, tinha o hábito instintivo de querer saber o PORQUÈ das coisas, perguntava. Até hoje não me acanho de perguntar O QUE É ? Tinha uma pessoa que adorava zombar de mim  por não saber algo que ele achava que todos sabiam. E`que ele não entendia haver alguém diferente, de outra turma, com outros interesses.
   Por gostar muito da verdade fui sempre rotulado como o cara da franqueza estúpida. Chamaram-me de doido, sempre. Parece que quem pensa realmente está sempre na contra mão do vulgo insensato. Por dizer o que pensa, criticar as injustiças feitas aos pobres, lutar pelo avanço das condições de vida dos trabalhadores, denunciar as tapeações das meias verdades da sociedade, pagamos o preço HN. Fomos sempre perseguidos pela maioria dos políticos, caluniados, preteridos nos postos de trabalho que seriam nossos por direito. Tivemos que pagar este preço ao ocupar nossos cargos de professor por direito de títulos, de diplomas que n os deram o direito de fazer parte da Escola Pública. Foi através do concurso público - competència provada - que nos tornamos Especialista de Educação, Orientador Educacional nesta mesma Escola.
   Pagamos o preço pesado por defen der a meritocracia como forma de obter bons professores para esta Escola Pública que deve ser a salvação dos brasileiros que não têem dinheiro para pagar escola particular.
    Outro preço que se paga é a inveja, o ódio, a difamação, da maioria incompetente, puxa -sacos de políticos que só sobrevivem pelo servilismo vil. Hoje quando me dizem que alguém nos difamou  a gente conta o porquè. Só aceitamos qualquer crítica de pessoas honradas, isentas. E o bom é que em nosso meio os malandros são bem conhecidos, sempre os mesmos bandidos envolvidos em toda maracutaia já sabida pelas pessoas de bem.
   E viva a honra, o bem! Deus promete o céu para os bons.
   Jovem leia, estude, viaje, capacite-se para a grandeza, ajude seu país.
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